E está tão perto


 É  tão longe o tempo
Que de tão longe
Eu não sei se chego.
É longe o mar, é mar  revolto
Revolto, envolto
Em desassossego.
 

É longe o tempo
Em que foi o  tempo
Que de tão longe nele me perdi
É longe o prado, onde me liberto
Florido, amado
 Que eu  não esqueci.

 
É longe o mar, o mar sereno
E sendo longe, se faz tão perto.
Dispo-me do tempo e,
Coberta de espuma
Nas  tuas vagas navego
Aqueço a  pele
Sob um sol ameno.
 

É longe o tempo
Que de tão longe
Ele está tão perto…



Adelaide Monteiro

 

 

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